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Neste espaço, pretendo expor um pouco dos meus pensamentos sobre diversas coisas: atualidades, política, Direito e tudo mais aquilo que julgar interessante e tiver um pouco de conhecimento para dividir.


Longe de mim querer ser o dono da verdade, mas espero respeitar e ser respeitado nas minhas opiniões, pois "todo ponto de vista é a vista de um ponto..."



sábado, 6 de agosto de 2011

Começa a lesão ao Pará.

Pasmem - como diria uma antiga professora de Direito Administrativo que tive - a construção de Belo Monte começou a engatinhar e as lesões ao nosso estado já começaram. É o que está descrito no Blog da Franssinete, postagem que trago na íntegra:
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PARÁ NÃO É BARRIGA DE ALUGUEL

"Nós não vamos repetir agora o que aconteceu com Tucuruí. Ficamos trinta anos para fazer as eclusas e até hoje temos pessoas atingidas pela barragem que não foram indenizadas pela Eletronorte. O Pará não é barriga de aluguel. O meu propósito na subcomissão é fazer a implantação de Belo Monte atendendo todas as condicionantes. Serão executadas em paralelo? Sim, mas elas terão de ser atendidas.

É um absurdo o que ocorreu já na primeira compra realizada pelo consórcio responsável pelas obras da Usina. A empresa que venceu a licitação para fornecimento de equipamentos pesados e maquinário, Sotreq, mandou que a nota fiscal e a compra fosse emitida pelas filiais de São Paulo e Espírito Santo. Todos os Estados brasileiros têm filiais ou revendedoras dessas fábricas. O que era lógico? Comprar os equipamentos nas revendas do Pará. Mas isso não está acontecendo. O prejuízo que o Pará vai ter nesse primeiro ato do consórcio Belo Monte é da ordem de R$200 milhões de ICMS, que, ao invés de entrarem no Estado do Pará, vão ficar em São Paulo e no Espírito Santo.

Mais grave ainda é a informação de que tal procedimento ocorreu por ordem dos diretores do Consórcio Norte Energia.  Não vão fazer isso. O governador Simão Jatene já determinou ao secretário de Fazenda que tome as providências, porque, além de imoral, é ilegal. O Consórcio Construtor está comprando como se fosse consumidor final, e não o é. Eles não vão lesar o Estado do Pará. Existe um ditado que diz que pepino, quando nasce torto, não tem jeito, morre torto. Então, é importante que Belo Monte não seja um pepino nascendo torto. Que nasça corretamente. Vamos corrigir e é possível fazer as correções.

Quem está sendo impactado é o Pará. A demanda de educação, de segurança, de saúde, de infraestrutura está sobre o Estado do Pará. Querem que o ICMS vá para São Paulo? Não é possível. É imoral e ilegal.”

(Senador Flexa Ribeiro(PSDB-PA), presidente da Subcomissão do Senado para Acompanhamento das Obras de Belo Monte.)
 
 

Os Forasteiros e a Divisão do Pará

     Recentemente recebi um email com um texto muito interessante sobre a divisão do Pará de autoria de Amarilis Tupiassu.
     O texto repassa a sensação de que as pessoas que querem dividir o nosso Pará, o Colosso do Norte, não são sequer paraenses, por isso é bom dar uma conferida.
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Do jeito que a coisa vai indo o Pará e Belém será uma vila de pescadores, ou uma cidade dormitório.

por Amarílis Tupiassu 

Indigna já só a ideia de reduzir o Pará a Belém e Zona do Salgado. Coisa de político-forasteiro mal-agradecido. O cara chega à casa alheia, que o acolhe com hospitalidade, e se revela um aproveitador. Entra, fuça a geladeira, abanca-se no melhor sofá, escancara as portas dos quartos, e a gente sabe: é um folgado.
Chora, estremece por seu estado de nascença, enquanto explora e desdiz do Pará, de que só pensa em chupar tudo, até o Estado inteiro, se deixarmos.

O retalhador do estado (dos outros) chega e se espalha feito água. Abanca-se, invade a cozinha, destampa, tem o desplante de meter o dedo na panela, antes do dono da casa, lambuza as mãos, lambe os dedos. 
Como nós,os paraenses somos cordiais, ele confunde cordialidade com liberalidade.
Vem, vai ficando, mergulha de unhas e garras afiadas em terras e política. Espalhado, o aproveitador, pronto, enriqueceu, encheu a pança.
Fez-se fazendeiro, político de muito papo (balofo), o cara de pau. 
Alguns não dispensam trabalho escravo e agora dão de posar de redentores da miséria do Pará, como se só no Pará houvesse miséria.
E cadê? Ih, já nas altas cúpulas, armando discórdia, querendo porque querendo dividir o estado do Pará, disque porque é estado imenso e pobre, como se os mini-estados brasileiros fossem paradisíacos reinos de felicidade, nenhum faminto sem teto, nenhum drogado, saúde e escola nos trinques, nada de tráfico e exploração de menores. Balela de retalhador !

O retalhador (do estado alheio) tem no cérebro sinal de divisão. Só quer dividir, não seu estado, onde o espertalhão não conseguiu levantar a crista. No Pará, não se contenta em ser fazendeirão, explorador de miseráveis. Quero um estado pra mim, Assembléia Legislativa, rumas de assessores, Tribunal de Contas com obsceno auxílio-moradia, mesmo que eu tenha casa própria.

E o retalhador já quer governar o estado (dos outros), quer reino e magnífica corte própria, algo comum nestas terras brasílicas dominadas por quadrilhas de políticos cara de pau, porque os dignos, vergonha na cara, os que lutam a valer por um Brasil de união, ordem e progresso, estes raros políticos dão uma de éticos e não põem a boca no trombone.

Não, o Pará não é casa de engorda e enriquecimento de esquartejador da terra dos outros. Mas o pior é que eles se juntam até a certos políticos paraenses, que, em vez de dizer não decisivo e absoluto à divisão, ficam em cima do muro. É que os muristas paraenses também não são flor que se cheire. Incrível que políticos paraenses admitam o roubo oficial das ricas terras do Pará. Pendurados no muro, os muristas paraenses só pensam na engorda de seus vastos currais e não em defesa e união.

Sim, quem quer esfacelar o Pará? Deputados de longe que lambem os beiços por se apoderar do Marajó, do Tapajós, de Carajás. Risíveis os argumentos separatistas: A imensidão do Pará impede seu progresso. Nada! Papo de político! É vasta a miséria dos estados pequenos e do Brasil mal governado. Dividir vem da omissão de políticos do Pará, eles em ânsias por suas lasquinhas. Separatista daqui e de fora quer é feudo, castelo, mais poder.

O mapa do Pará lembra um buldogue. Ele precisa de brio, amor-próprio, rosnar, se quiserem reduzi-lo em retalho. O Pará quer paz e união. Vamos calar os esquartejadores que boiam, do fracasso em seus estados, ao sonho de esfacelar o Pará. Vamos dizer não a mais essa mutreta de político espertalhão.

Transcrito do Caderno Mulher de 'O liberal' - 13/12/09